quarta-feira, 11 de novembro de 2009

é hora de silenciar-se

isso não é difícil
torna-se quando, lá dentro, tudo pulsa com vigor extremo
enquanto cá fora os olhos só querem o verde e um girassol

terça-feira, 3 de novembro de 2009

No solado das botas estão as esperanças dele. Sem saber que estão lá, fica mais fácil. Assim ele não pode joga-las fora. Por que se soubesse já teria feito. Ele diz que "do que adianta ter um relógio se não pega mais corda?!". Pra ele tudo é uma questão de tempo. Ou pára de funcionar, ou vai embora, ou deixa de existir. As coisas que se vão dão lugar as lembranças, as vezes persistentes, as vezes vagas. Mas, tudo chega a um fim derradeiro. O tempo foi realmente importante pra ele. Parou suas pernas. Dia-a-dia pára sua memória. Só que a esperança continua lá, presa no solado das botas.
E vai continuar pra sempre...