domingo, 8 de fevereiro de 2009

visão da outra margem

O menino disse que gostava de viver ali e fazer o que fazia. Que lá era assim, todo mundo igual. O rio trazia e levava sem diferenciar ninguém, fazendo parecer que o mundo inteiro nem conhecia essa coisa de continente e povo diferente, era o mundo inteiro igualzinho. E disse que toda a beleza que eu via não foi criada apenas pra olhar, e sim pra contemplar, o que a maioria não fazia. Apesar da pouca idade de vida que tinha, e do pouco que conhecia dos outros lugares por viver ali, o menino sabia mais, muito mais que os homens que ele levava.


7 comentários:

binhobrill disse...

Maturidade independe de idade.

william gomes disse...

Quando faz o que gosta, tudo transborda.

AndLogo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cebolitos... disse...

Que texto bom.
Realmente eu gostei. Uma forma simples de explicar que não existe diferenças.

(:

Genildo Cerqueira disse...

Não importa a idade e nem a informação e sim o poder de percepção sobre tudo usando o pouco que conhece.

Guerreiro Solar - Kin256 disse...

Ele deve saber mais que eu, apesar de minhas andanças por todos os lados...

Ao menos Natureza eu contemplo. rsrs

Vanessa Gomes disse...

Esse texto e imagem me recordam. "A tercera margem do rio", uma estória do livro "Primeiras estórias" de Guimarães Rosas.

Massa.